Não é fácil de descascar, mas quem se propõe à árdua tarefa recebe várias recompensas: o sabor e os benefícios para a saúde.
Artigo da Drª Magda Roma, publicado na | Ver notícia no site NiT |
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É uma fruta pouco consensual, mas adorada por quem a conhece bem. Tem um sabor doce e levemente ácido, e descascá-la exige minúcia muita paciência. Porém, quem se dedica à arte de extrair cada bago, tem o prazer de se deliciar e colher todos os benefícios — e são mesmo muitos — que tem para a saúde.
A romã é característica do início do outono, mas em Portugal é pouco consumida. Existem cerca de 15 variedades distintas reconhecidas em todo o mundo. A mais comum no nosso País tem a forma de uma bola achatada, com um cálice em coroa e casca grossa. O interior é composto por bagos comestíveis de cor vermelha ligeiramente translúcida, sabor agridoce e separados por finas películas — que são amargas e devem ser retiradas, o que torna todo o processo mais moroso.
Se bebe pouca água durante o dia, a aposta neste fruto é sempre uma boa opção. “A sua riqueza em água, fibra e em compostos fenólicos como antocianinas, quercetina, ácidos fenólicos, taninos e outras substâncias com propriedades antioxidantes, proporcionam-lhe uma capacidade antioxidante que poderá ter um papel protetor para a saúde cardiovascular e na prevenção de alguns tipos de cancro, explica a nutricionista Lillian Barros à NiT.
Considerada um superalimento, a romã ajuda não só na prevenção de doenças cardiovasculares e oncológicas, como também em patologias neurológicas. “Esta fruta é rica em alguns polifenóis, que atuam na manutenção da homeostase neuronal e na atenuação das apresentações clínicas da doença. O consumo da romã pode auxiliar no tratamento de distúrbios neurodegenerativos, incluindo a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson”, destaca a também nutricionista Magda Roma.
É também uma aliada de quem está em processo de perda de peso, uma vez que “tem um baixo índice glicémico e conta apenas 83 calorias por 100 grama”, refere a profissional. E acrescenta: “Tem ainda a vantagem de ser rica em vitaminas K e C importantes para a fortalecer o sistema imunitário (fundamental para evitar gripes e constipações) e na saúde óssea”.
Como comer a romã?
Pode ser consumida ao natural, ou seja, bago a bago, mas também em sumos, sobremesas, saladas e compotas. Outra forma de a incluir na refeições é como toque final em alguns pratos mais elaborados, como saladas quentes ou frias, assados de carne ou peixe e a muitas outras combinações agridoces. A imaginação e o gosto pessoal são o limite.
Um dos motivos que levam os portugueses a não escolher tantas vezes este fruto prende-se com o facto do processo de separação dos bagos ser bastante moroso. Contudo, existem alguns truques que o tornam mais rápido e fácil: corte a romã ao meio, vire-a sobre um copo ou tigela e bata com uma colher na casca até os bagos caírem todos.
Outra alternativa é cortar primeiro as pontas da romã, depois cortá-la em duas metades e, de seguida, em quartos. Mergulhe cada quarto em água e retire os bagos enquanto estiver submersa. Depois basta escorrer a água.
Agora que já sabe como é que pode aproveitar esta fruta ao máximo, carregue na galeria para descobrir algumas receitas onde a pode utilizar.